quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quando vi...

Depois de um longo tempo, resolvi retomar as atividades deste blog de poemas... Alguns me acompanharam na breve vida que ele teve anteriormente e muitos se foram neste período em que ele estava adormecido. Com novos projetos de vida, volto a postar as divagações, loucuras, contemplações, louvores e indignações.
Bom, neste blog que não informa, não forma, não instrui nem salva, que pelo menos seja a cota de cultura inútil semanal à qual cada um tem direito para fugir da rotina.
Segue um poema feito ano passado:

Quando vi, já era tarde
A casa estava aberta
e tudo que eu tinha havia sido roubado
Levaram meus sonhos
Levaram meus anseios
Levaram meus desejos, meu ânimo, meu carinho

Eu abri a porta para eles!
Nem a hospitalidade sincera,
Nem o consolo das tristes horas
Nem a festa surpresa
Nem mesmo o café que fiz como ninguém o fizera
Foram suficientes para tocar-lhes o coração...

E então, com a casa vazia de tudo
Sentado no meio da sala
Olho um par de alianças deixado pra trás
Que não o levaram porque não viram
Ou talvez não servisse para eles
Eu penso:
... Nem pra mim ...

Marcos Melo
30/06/2011

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