terça-feira, 26 de junho de 2012

Para uma menina que se acha feia, tendo em si todos atributos de beleza

D’onde tiras a idéia da feiúra?
Onde nutres a baixeza da auto-estima?
Se nos olhos que vos olham só despertas
Um enlevo de fitar vosso carisma

Se não és o esqueleto que desfila
Ou a boneca torneada que rebola
Não diz isto que a beleza não é tua
Pois tú és uma pessoa e não uma forma

Só me digas a que miss atribuíram
O título só em fitá-las nos olhos
Pois se vissem o âmbar de tuas vistas
Tú serías a eleita sem receio

Nem falarei do rosado do teu rosto
Das maçãs opíparas da face
Que ao contorno do sorriso amadurecem
Mas a serpente do Édem não oferece

Não, não aches minhas palavras generosas
Só discorro sobre aquilo que percebo
Das duas: ou eu preciso de oculista
Ou então eu não enxergo só com os olhos

Tú esqueces ainda que beleza
Não compõe-se apenas do externo
Que o teu coração que é tão terno
Irradia de virtude e de nobreza

Eu afirmo no final desta missíva
Que tú és muito mais bela que imaginas
Se não credes, não importa o que digas
O fato é fato para aquele que suspira





Marcos Melo
Terça-feira, 5 de dezembro de 2006, 19h57min

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