Onde nutres a baixeza da
auto-estima?
Se nos olhos que vos
olham só despertas
Um enlevo de fitar vosso
carisma
Se não és o esqueleto
que desfila
Ou a boneca torneada que
rebola
Não diz isto que a
beleza não é tua
Pois tú és uma pessoa e
não uma forma
Só me digas a que miss
atribuíram
O título só em fitá-las
nos olhos
Pois se vissem o âmbar
de tuas vistas
Tú serías a eleita sem
receio
Nem falarei do rosado do
teu rosto
Das maçãs opíparas da
face
Que ao contorno do
sorriso amadurecem
Mas a serpente do Édem
não oferece
Não, não aches minhas
palavras generosas
Só discorro sobre aquilo
que percebo
Das duas: ou eu preciso
de oculista
Ou então eu não enxergo
só com os olhos
Tú esqueces ainda que
beleza
Não compõe-se apenas do
externo
Que o teu coração que é
tão terno
Irradia de virtude e de
nobreza
Eu afirmo no final desta
missíva
Que tú és muito mais
bela que imaginas
Se não credes, não
importa o que digas
O fato é fato para
aquele que suspira
Marcos Melo
Terça-feira, 5 de dezembro de 2006, 19h57min